terça-feira, 29 de junho de 2004

Para quê tanta polícia?

As minhas manhãs já são difíceis só pelo facto de ter que acordar a uma hora definida pelo despertador. Mas a de hoje custou-me mais. Não pelo facto de ter tido que acordar cedo, mas pelo murro no estômago que levei quando cheguei ao carro.

Estacionado em frente à porta da Fundação Mário Soares, a dois passos da Assembleia da República, estava todo remexido. As tralhas que armazeno no porta-bagagens estavam espalhadas pelos bancos de trás, estando estes completamente dobrados sobre si mesmos, deixando o resto do conteúdo do porta-bagagens à vista. O porta-luvas escancarado, mostrava o interior, completamente vazio; todo o seu conteúdo estava no chão. Já me tinha acontecido o mesmo outras vezes, levando-me telemóvel, casaco, carteira, chaves e tudo aquilo que estava no interior do meu carrito. Mas não sei o que foi pior, se esta se as outras vezes. É que hoje não me levaram mesmo nada! Nem o rádio, nem o auricular do telemóvel, nem um blusão de ganga, nem a toalha de praia, nem o bikini velho, nem as botas de Inverno (que já lá estão há uns meses), nem as cassetes, nem as chaves da casa do Algarve, nem sequer o saco de plástico com o vestido da minha máscara de Carnaval de há 2 anos! Estava lá tudo!

Só pensar que os anormais que me fizeram isto tiveram tempo para abrir o carro, entrar, desarrumar tudo o que encontraram, ir ao porta-bagagens e espalhar o seu conteúdo por todo o lado, puxar as fitas das cassetes, abrir os livros de manutenção do carro, partir-me uns óculos de sol, tudo isto nas barbas dos polícias que guardam a Assembleia da República e que estão lá a noite toda, mais o polícia que vigia a Fundação Mário Soares e o outro, aquele que nunca me deixa estacionar o carro um pouco mais perto de casa porque está a guardar o lugar da Santa Casa da Misericórdia... Isso é que foi o murro que doeu mais no meu estômago!

Pelo menos desta vez não me lixaram a fechadura da porta. Ao menos isso! Obrigadinho...

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