terça-feira, 30 de novembro de 2004

Digam lá que nós, as gajas, não estamos tão giras! No Algarve, claro...

segunda-feira, 29 de novembro de 2004

Façam as vossas apostas. Posted by Hugo

sexta-feira, 26 de novembro de 2004

Parece um filme cómico

Faz amanhã 15 dias que a casa do Algarve foi assaltada. Levaram jóias, um relógio de ouro, umas garrafinhas de Barca Velha, umas caixas de charutos cubanos, um pólo da Lacoste, enfim, tudo do melhor...
Foi lá a polícia, encontraram imensas impressões digitais e um boné, com alguns cabelitos lá agarrados e afirmaram saber, quase de certeza, quem nos tinha assaltado a casa. Se estivéssemos n'América, estes "achados" eram meio caminho andado para encontrar os assaltantes. Mas não. Não estamos n'América, estamos em Portugal.

Na América faziam logo umas detençõezitas, analisavam as impressões digitais e comparavam com os registos da polícia, dos cabelos dava para fazer um teste de ADN, compará-lo com a base de dados existente e a coisa se calhar compunha-se.

Em Portugal, não detiveram ninguém, compararam as impressões digitais mas não coincidia com nenhuma presente nas bases de dados da polícia e os cabelos não servem para nada.

Passo a explicar. A polícia, de cada vez que detém alguém, retira amostras (cabelos, unhas, pele, etc.) dos detidos e introduz o resultado de ADN na sua base de dados. Mas o problema é que a base de dados é mais ou menos ilegal. Não há lei nenhuma que permita (ou proíba) a polícia de retirar estes dados a todos aqueles que leva para a esquadra. Para completar mais a baralhação total, só quando um detido é acusado de um determinado crime (para o qual foi necessário reunir uma série de provas) e depois da ordem dada pelo juíz, é que se pode fazer a tal análise de ADN.

Ou seja, a polícia tem bases de dados enormes, mas só as pode utilizar quando alguém já está em julgamento. Não pode fazer o processo inverso, que seria pegar no resultado do ADN encontrado nos cabelos presentes no boné e compará-los com a base de dados existente, para descobrir quem o usava na altura em que o deixou cair no meio da despensa de minha casa!

Admito que um boné possa ser usado por várias pessoas, não necessariamente aqueles que me assaltaram a casa, mas já era um príncipio de busca!

Assim, a polícia aconselhou a minha mãe a ir visitar as joalharias todas que pudesse na zona de Lagoa e Portimão para ver se via as suas jóias à venda em algum lado para depois fazer queixa à polícia.

E pronto. É assim que se resolvem as coisas...
Só ontem ouvi esta música com atenção

You've got to give a little, take a little,
and let your poor heart break a little.
That's the story of, that's the glory of love.

You've got to laugh a little, cry a little,
until the clouds roll by a little.
That's the story of, that's the glory of love.

As long as there's the two of us,
we've got the world and all it's charms.
And when the world is through with us,
we've got each other's arms.

You've got to win a little, lose a little,
yes, and always have the blues a little.
That's the story of, that's the glory of love.
That's the story of, that's the glory of love.

quinta-feira, 25 de novembro de 2004

E os desenhos do Vasco Granja?

A juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida.
E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que hoje rondam os trinta.
O grande choque, numa conversa com alguém mais novo que eu, foi quando lhe falei no Tom Sawyer.
"Quem? " , perguntou ele. Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer!
Meu Deus... Como é que ele consegue viver com ele mesmo?
A própria música: " Tu que andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e além... " era para ele como o hino senegalês cantado em mandarim.

Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não conhece outros ícones da juventude de outrora.
O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche; Sebastien et le Soleil, combatendo os terríveis Olmecs; Galáctica, que acalentava os sonhos dos jovens, com as suas naves triangulares; O Automan, com o seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus; O mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos; A Super-Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às voltas, lembram-se?); O Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic Radical, não é a mesma coisa. Naquela altura era actual ...

E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa só geração: O Verão Azul.
Ora bem, quem não conhece o Verão Azul merece morrer. Quem não chorou com a morte do velho Shanquete, não merece o ar que respira.
Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não anda cá a fazer nada.

sexta-feira, 19 de novembro de 2004

Compro se me sair o Euro Milhões. Posted by Hugo

quinta-feira, 18 de novembro de 2004

O Terceiro Sexo

Imaginem um católico-apostólico-romano e um transsexual a discutir operações de mudança de sexo. Acrescentem um apresentador/moderador medíocre e ficam com uma vaga ideia do programa que vi ontem na SIC, por volta da 1h da manhã.

- O 1º não consegue chamar o 2º pelo sei nome feminino e mostra-se completamente contra a sua opção de vida, afirmando que o que ele/ela fez foi simplesmente uma "mutilação";
- O 2º afirma-se não um transsexual mas sim um hermafrodita e refugia-se no (estúpido) argumento que "pior que um transsexual é um heterossexual que faz sabe-se lá o quê na rua e quando chega a casa beija os filhos";
- O 3º não consegue conduzir a conversa e tenta convencer o 1º que o 2º é uma mulher perfeita: "Até há fotografias que o comprovam!"

O católico-apostólico-romano era o Gonçalo da Câmara Pereira, o transsexual era a (ou o, não sei bem como chamar) Roberta Close e o apresentador/moderador medíocre era o José Figueiras.


Resumindo, um programa muito educativo. Deve ser por isso que dá à 1h da manhã. A malta já está a dormir a essa hora! (ou pelo menos devia...)

quarta-feira, 17 de novembro de 2004

Força Prates!

Entra hoje em funções (esperemos nós) o mais novo elemento do Coisas do Dia.

Vamos lá a comentar com jeitinho que ele não tem muita práctica nestas andanças de escrever para o grande público.

(pode ser que isto anime.... eu falo por mim... ando cá com uma falta de imaginação...)

quinta-feira, 11 de novembro de 2004

António Lobo Antunes

Entrevista dada ao DN

"DN- Há uma personagem no livro, que, à quarta-feira, ao longo de décadas, vai, secretamente, a uma pensão da Graça, ama e ali morre...
- Foi daí que o livro veio. Só mudei o sítio. Sempre me espantou essa extraordinária forma de amor. A sexualidade, sempre tão importante para mim - e continua a ser -, cada vez me parece mais vazia de sentido quando não há outro modo de diálogo e de encontro, embora seja muito difícil resistir ao desejo imediato.
DN- Amor é algo mais?
- A noção de amor varia de pessoa para pessoa. Muitas vezes estamos apaixonados ou estaremos agradecidos por gostarem de nós?"
Hoje é Dia de S. Martinho

Para quem ainda não conheça, aqui fica a justificação para o calor que (só para chatear, hoje não) se sente.

O soldado Martinho e o seu manto

De acordo com a lenda num certo dia frio e chuvoso de Outono, em Amiens, França, o soldado Martinho percorria a cavalo um determinado caminho. Numa das voltas do trajecto dá com um mendigo a pedir. Apiedando-se do homem, Martinho não tendo mais nada que oferecer pega na sua espada e corta em dois o seu manto, estendendo uma das metades ao pobre, para que se protegesse do frio. Quase de imediato, cessou a chuva, começando a brilhar o Sol e ficando um inexplicável clima de Verão. Este acto de solidariedade, bem como a morte de Martinho ocorreram no mês das brumas (Novembro), período anual do vinho novo e das castanhas, ao qual ficou para sempre associado.

Resta dizer que hoje é também o dia da minha família, não fossemos nós Martinho!

quarta-feira, 10 de novembro de 2004

Nem melhor nem pior... É diferente!

Há dias estava à conversa com os meus colegas de alojamento sobre ritmos de trabalho. Logo a minha vizinha chinesa reclamou... Queixava-se que os ingleses não trabalhavam!
Logo lhe perguntei o que é que ela considerava trabalhar a sério! Pedi para exemplificar através da descrição da jornada média de trabalho dela no Laboratório em Pequim!
A moça, a tirar o doutoramento em Física Biológica, passou a explicar...
Acorda às 7h da manhã...
Arranja-se e vai para o autocarro...
Às 8h entra no laboratório...
Ao meio-dia tem meia hora de almoço...
Sai às 7h para jantar...
Regressa às 8 ou 8 e meia ao Laboratório...
Trabalha até à meia noite (se não houver nada extra para fazer)!
Vai para casa fazer ó-ó!

Se o ritmo fosse semelhante no funcionalismo público português tenho a certeza que éramos tipo Suécia!!! Era diferente...

domingo, 7 de novembro de 2004


Meu amigo!

sábado, 6 de novembro de 2004

Trovoada

19:10h - "Lindo! Está uma trovoada enorme sobre o mar!"
04:36h - "Estou no carro, na Praia da Marinha, a ouvir o mar, a ver os relâmpagos e com saudades tuas."
Passadas nove horas a trovoada mantém-se. Não chove e os relâmpagos continuam sobre o mar. A Terra estremece sob os nossos pés.

Nestas nove horas jantei, bebi, ri e dancei, contei histórias e mandei-te sei lá quantas mensagens. Não consigo deixar de pensar em ti. Estive mais de uma hora no carro a ver os relâmpagos a rasgar o céu em direcção ao mar. Sei que estás a dormir e espero que sonhes comigo.
No cimo da falésia, sem nada que me distraia, percebo a diferença entre o génio e o comum dos mortais. Estavam reunidas todas as condições para o mais belo dos poemas, a mais bela canção ou o mais impressionante dos quadros.
Consigo imaginá-los a todos mas não consigo pô-los no papel. Tu estás sempre presente. És a constante da minha vida e sei que fazes parte das coisas que quero manter.
Menos de uma hora depois e mais de 5 ou 6 cartas estou em casa, a tentar passar para o papel tudo aquilo que te queria dizer, consciente que não o consigo fazer tão bem como imaginava.

Os génios arriscam. Eu não.