Para muitos a ideia de luxo nas férias passa pela possibilidade de viajar para destinos exóticos e longínquos, com praias de areia branca e fininha, resorts de palmeiras com várias piscinas, com restaurantes gourmet e bares bem decorados, agradáveis.
Pode também passar por viagens de cruzeiros pelas ilhas gregas, caribenhas e afins, com todas as refeições incluídas, festas na piscina, aulas de ginástica no deck, etc.
Além disso, existem as cidades cosmopolitas, a descoberta de trilhos fantásticos por entre as florestas da Costa Rica ou da Amazónia, o espiritualismo dos destinos zen e toda uma infindável variedade de sítios.
Para nós, humildes jovens sem um chavo no bolso, o nosso luxo este Agosto foi mais simples: Adormecer numa praia deserta, de acesso difícil, não assinalada no mapa da nossa bela costa portuguesa, com o conforto da bôla e do bolo de chocolate da mãe, das batatas fritas de pacote, do pãozinho (que podia ser mais regional mas que também não era daqueles brancos, sem côdea e sem coração), da geleira com águas e sumos fresquinhos, dos colchões, sacos-cama, edredons e almofadas, das estrelas mais brilhantes que nunca, do telemóvel sem rede, do silêncio quase absoluto não fosse a proximidade do mar.
Acordar com uma praia inteira à nossa espera, com um dia inteiro pela frente, sem horários, sem planos, sem programas.
Isto sim, é um luxo!
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